O que nos impede de crescer?

E se Simão Pedro tivesse se prendido aos seus bens? Não teria seguido Jesus e não teria, com Paulo, fundado a Igreja em Roma. Ao ouvir o chamado, deixou seus barcos, caminhou com Jesus e tornou-se o primeiro Papa da Igreja.

De modo contrário, o sujeito da parábola do Jovem Rico perdeu a graça da salvação, por estar demasiadamente ligado às riquezas.

Quantas vezes somos chamados à realizar grandes coisas, mas não respondemos por estarmos “presos” ao que não tem importância, ainda que, aos nossos olhos, tenha valor?

Existe uma antiga história, talvez você a conheça. Ela retrata as razões que nos impedem de realizarmos os nossos sonhos:

“Em certo lugar, um sábio caminhava com um aprendiz. Rumavam ao mosteiro por um caminho ermo. Percebendo que já estava escurecendo, pediram abrigo em um sítio, contendo apenas uma casa velha de madeira.

Apresentaram-se ao proprietário; um sujeito franzino, de meia idade e simples; que os acolheu. À noite, logo após o jantar, o anfitrião convidou-os para conversar. O sábio questionou como a família sobrevivia, notando a pobreza do lugar e as condições dos filhos, que não estudavam.

Eles tinham uma velha vaca. Com os poucos litros de leite, produziam derivados para serem vendidos ou trocados e o excedente eles consumiam.

No dia seguinte, antes de partirem, o sábio ordenou ao jovem que desse cabo à vaca. O rapaz argumentou que aquela era a única fonte de sustento da família, porém foi repreendido e fez o que o ancião mandou.

Executada a missão, colocou-se a caminhar com o velho até o destino, sentindo-se péssimo.

Depois de muitos anos, o discípulo, agora adulto, passava por aquela região e sentiu um peso na consciência, quando se lembrou da ordem que havia cumprido. Ao se aproximar da propriedade notou que o local mudara.

A casa de madeira já não existia. Tinha ali uma casa grande, construída com materiais, cercada por um belo jardim. Ao fundo era possível ver um pasto com muitos animais e à direita uma área repleta de plantações.

Aproximando-se, encontrou um senhor, bem vestido e de aparência saudável, que o cumprimentou. O visitante assentiu o cumprimento e perguntou se morava ali muito tempo e o que havia acontecido com os antigos moradores.

O senhor respondeu que sempre vivera ali. Sem entender, o visitante comentou que conhecera outra família, todavia a casa era diferente, eles tinham filhos e uma vaca.

O senhor respondeu: sim! A vaquinha era nossa. Um dia ela caiu no precipício e morreu. Tivemos que buscar novos meios para sobreviver. Desenvolvi novas habilidades, pude ganhar dinheiro e construí tudo o que você está vendo. Hoje vivemos melhor. Ah! Os meus filhos estudam na Faculdade”.
Autor desconhecido

A metáfora reflete nossas vidas, por isso vale a reflexão.

A figura do sábio retrata o agir de Deus e a vaca os fardos que carregamos.

As coisas que não abrimos mão por medo,  impedem-nos de receber coisas ainda maiores.

Quando algo não sai como gostaríamos; como um negócio que não dá certo ou a perda de um emprego; pode ser Deus nos dando uma oportunidade para recomeçar.

Imagem: internet/reprodução

Devemos ter sempre confiança e acreditar que Deus sempre quer o nosso bem. Deus cuida de nós!
As mudanças dependerão das nossas respostas. Se nos colocarmos na posição de vítimas e esmorecermos, certamente continuaremos na mesma situação.

No entanto, se abraçarmos a dificuldade como oportunidade, veremos que os maiores ganhos não serão as recompensas materiais, que eventualmente conquistaremos.

Será a força interna, a confiança em nós mesmos e a capacidade de nos adaptarmos às dificuldades. Perceberemos, enfim, que nada precisamos temer, quando Deus está conosco.

E não se esqueça: Deus jamais dará uma cruz que você não possa carregar.

Se o momento atual da sua vida não está como você gostaria, reflita e peça para Deus mostrar qual “vaquinha você precisa jogar no abismo”.

O que impede Deus de agir na sua vida?

Argumento e reflexão: Irmãos Igor Prates e Ernesto Thurmann