Evangelho do Dia: Jo 14,1-12
Ainda vivemos o período da
Páscoa. Neste 5º Domingo, a Igreja já se encaminha para a festa da Ascenção de
Cristo, que ocorrerá daqui a dois domingos: Jesus ascenderá ao Pai.
No Evangelho de hoje, e o do
próximo domingo, percebemos uma íntima conexão com a Ascenção, por isso, não podemos
refleti-los isoladamente, mas devemos buscar a ligação, para que a profundidade
das palavras do Cristo e os ensinamentos do Santo Evangelho sejam alcançados.
Se no domingo passado Jesus se
apresentou como o Bom Pastor, aquele que cuida e alimenta (João 10,10), em todos os sentidos, hoje ele se revela como o Pai.
Um Pai de bondade e amor. Aquele que se preocupa com os filhos e quer o melhor
para cada um, exclusivamente.
É preciso lembrar o contexto
destas palavras: dá-se no dia que Ele foi entregue para ser condenado e morto, enquanto
instruía os Apóstolos do que haveria de passar, pouco antes da Ceia.
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Imagem: Internet/ reprodução |
No entanto, ao invés de
ocupar-se com as próprias apreensões, pelo que passaria, Jesus se encarregou em
tranquilizar os seus, demonstrando que todas as coisas que fizera, não foi por
si mesmo, mas em obediência ao Pai, por estar em conexão ao próprio Deus.
E como um Pai de amor, deixa
outros importantes ensinamentos para alcançarmos a salvação. Em Deus, não
precisamos ser egoístas, mesquinhos e querermos as coisas do alto só para nós.
Jesus ensina que na casa do
Pai há lugar para todos. Ele próprio preparou um lugar para cada um de nós,
como um Pai que ama. As coisas de Deus não podem ser objetos de discórdia ou
contenda, mas de amor mútuo e união.
E ainda mostra o caminho para
chegarmos até lá: Ele próprio! Sem imposições humanas, diferente dos sacerdotes
do Templo, que exigiam sacrifícios e holocaustos para conceder o perdão divino (Mateus 21, 12) ou dos Fariseus que
impunham fardos pesados, que eles próprios não carregavam (Mateus 23, 4).
Quando Jesus responde a
indagação de Felipe, suas palavras são representativas. Elas vão ao encontro do
que já havia dito no “Sermão das Montanhas”: “nem todo aquele que diz Senhor,
Senhor entrará no Reino de Deus” (Mateus
7, 21).
Ora! Podemos passar a vida
toda dentro da Igreja, louvando e bem-dizendo ao Senhor, sem necessariamente reconhecê-Lo.
E é esta a única condição
para ganhar a salvação: reconhecer Jesus Cristo como o Senhor da sua vida.
Quando ocorre, você tem a certeza de que Ele é o próprio Deus.
Felipe caminhou com o
Cristo, viu seus ensinamentos e milagres e ainda assim era incapaz de enxergar
a presença de Deus em Jesus.
Quem reconhece o vínculo entre
Jesus e Deus é digno do seu Ministério, pois, sabe que nada do que realizamos
em nome de Deus, é para a nossa glória, mas tudo para a Honra do Pai, por isso
somos capaz de grandes prodígios.
A verdadeira fé em Cristo é
aquela que nos leva a realizar as obras para a edificação do próximo e para que
todos reconheçam o Poder de Deus, como Jesus fazia. E quando formos capazes
disso, seremos merecedores de estar na casa do Pai.
Ernesto
Thurmann
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