Terço e Evangelho no Lar

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Imagem: Ministério de Visitação "Apóstolos de Jesus".

domingo, 16 de agosto de 2020

Magnificat

Graça e Paz!

 Maria de uma única vez proclama três inversões de valores para restaurar a salvação da humanidade que vem de Jesus: No campo religioso derruba os autossuficientes que se levantam contra Deus e os humildes . No campo político repele aqueles que se apoderam indevidamente dos povos, mas, aprova aqueles que promovem o bem da sociedade sem discriminações. No campo social, transforma a aristocracia cumulando de bens os necessitados e despedindo de mãos vazias os ricos, para instaurar uma revolução de fraternidade social entre os povos. Vejamos:

 

1  Lc 1,39-56 MARAVILHAS DE DEUS EM FAVOR DOS HUMILHADOS

1.1 A Trindade se revela aos pobres

 

Na anunciação, o anjo informa a Maria  a respeito da gravidez de Isabel, com a garantia de que nada é impossível para Deus.

                    

Imagem: Internet/ Reprodução

 

               Ao declarar-se serva do Senhor, dirige-se à casa de Isabel para servi-la. Duas mães agradecidas com o dom da fecundidade; uma marginalizada por ser estéril e outra sem  haver conhecido homem.

A cena mostra que Deus pode fazer o impossível se revelando aos pobres fazendo deles a sua morada definitiva. Maria a serva do Pai, se tornou mãe do Senhor. A expressão de alegria de Isabel ao acolher Maria, recorda a surpresa de David ao acolher a Arca (“Como é que a Arca de Javé poderá ser introduzida em minha casa?", 2Sm 6,9). Em virtude disso alguns enxergam Maria como sendo a nova arca da aliança, por ser ela a mãe do menino que é chamado Santo, Filho de Deus (Lc 1,35).

 

               O próprio Jesus afirma haver uma bem-aventurança que supera a maternidade física: “Felizes, antes, os que ouvem a palavra de Deus e a observam (cf. 11,17-28). Os dois aspectos principais da visita de Maria são: Maria a discípula fiel (em relação a Deus) e Maria solidária (em relação ao próximo).

 

 

1.2 Magnificat: Deus realiza a esperança dos pobres (vv. 46-56)

 

O Magnificat se inspira fortemente no canto de Ana (1Sm 2,1-10), mãe de Samuel, depois que Deus a livrou da humilhação da esterilidade e nesse sentido o hino está mais para Isabel do que para Maria, porém, a idéia de serva e de que todas as gerações a chamarão de bem-aventurada, se adaptam melhor a Maria.

 

O corpo do Magnificat ressalta a ação de Deus em favor dos humilhados (inicia com porque…). Essa ação é descrita como maravilha, termo que, na Bíblia, marca as grandes intervenções de Deus em vista da libertação (por exemplo, o êxodo).

 

A maravilha Divina é libertar os que sofrem e esperam Nele, exaltando-os e cumulando-os de bens.

 

A conclusão é que a ação de Deus em favor dos pobres é fruto da memória da sua misericórdia, mantendo assim a fidelidade prometida a Abraão e a seus descendentes, que também somos nós.                     

 

                        

Imagem: Internet/ Reprodução

Maria anuncia para sempre, que nunca estaremos sozinhos e que o Senhor caminha lado a lado todos os dias das nossas vidas com os pobres que vivem a sua Palavra, por mais difíceis que sejam os nossos dias e que é capaz de realizar o impossível para que tenhamos Nele, uma vida completa e abundante.


Autor: Irmão Francisco Lucci

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